Estamos vendo a chegada do Talibã na capital do Afeganistão Cabul, sendo uma grande vitória para o grupo extremista Talibã, que em meio a sua entrada na capital vem causando uma debandada de civis e até algumas mortes, que se deram no aeroporto, em plena retirada de cidadãos Americanos da sua embaixada, muitos Afegãos tem se dirigido para o aeroporto tentando uma possivel fuga do país.

O Palácio do governo Afegão já foi tomado pelos insurgentes que agora assumem o comando, enquanto o presidente e vice fugiram do pais em um helicóptero com muito dinheiro, foi o que disse uma fonte da Rússia.
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A aparente passividade do Talibã, pode ser justificada pelas forças de segurança que preferiram não lutar e entregando suas armas, preservando a eles e aos civis, ficando mais fácil a entrada em Cabul, pois não houve confrontos entre rebeldes e forças de segurança.
Breve história sobre o Talibã
Mas a lembrança de sua ditadura (1996-2001) traz receios a muitos afegãos. Naquela época, os islamistas conseguiram frear a guerra civil, mas impuseram um código moral que condenou os afegãos ao isolamento. Seu mandato foi especialmente cruel com as mulheres (confinadas ao lar e obrigadas a esconder seu corpo e rosto sob a burca nas raras vezes em que podiam sair) e as minorias. Agora, seus dirigentes tentam projetar uma imagem mais moderada, mas as notícias provenientes das primeiras cidades que caíram sob seu poder, como Herat e Kandahar, são desanimadoras. Lá, os relatos são de que as mulheres estão sendo impedidas de sair para seus trabalhos e frequentar as universidades.Tampouco os países ocidentais confiam no Talibã. Apenas a Rússia e a China responderam positivamente aos apelos do grupo e mantiveram suas embaixadas abertas. A maioria dos Governos já iniciou ou prepara a saída de seus cidadãos – algo que a Suécia inclusive já concluiu. Ao mesmo tempo em que aceleram a retirada, 60 países, entre eles os EUA e os europeus, emitiram um comunicado proclamando que os afegãos “merecem viver seguros e com dignidade” e pedindo aos novos governantes que autorizem quem assim desejar a sair do país. Não está claro, entretanto, para onde essas pessoas poderiam ir, já que poucos têm como conseguir vistos.
Além disso, muitos dos refugiados internos desde o início da ofensiva Talibã foram parar em Cabul, onde sobrevivem de forma precária em casas de familiares e parques. A OCHA (agência humanitária das Nações Unidas) identificou 17.600 indivíduos que precisam de assistência, 2.000 dos quais foram registrados em um só dia. Entretanto, desde domingo a organização paralisou sua atividade “diante da incerteza da situação em Cabul”.